terça-feira, 22 de janeiro de 2008

De patas para o ar

Após meses de muito trabalho, chegam as tão esperadas férias. O momento é propício a viajar, a arejar a mente e a apreciar novas paisagens. Mas onde deixar o cachorro? O problema, é verdade, não existe quando o animal pode embarcar com os donos na aventura. Caso contrário, é preciso pensar – e ponderar – sobre as melhores alternativas de hospedagem e cuidados. Afinal, o melhor amigo nunca deve ser um empecilho.

Para Beatriz de Oliveira Alonso, professora universitária e gerente administrativa, deixar o cãozinho em um hotel é boa opção. A necessidade da hospedagem coincidiu com uma viagem que ela fez durante 14 dias pela Europa. No início, Pierre teve problemas de socialização e latia por longos períodos. Hoje em dia, o maltês passa por um “treinamento”. Uma vez por semana, é levado a uma creche para cães, para que se adapte à ausência da dona e ao convívio com outros animais. “É uma grande comodidade e ele está bem mais calmo”, observa.

Quando precisa deixá-lo no hotel, a professora faz de tudo para que o maltês se sinta em casa. Cama, pote de comida, cobertores, ração, brinquedos e até casinha são levados para o “lar” momentâneo de Pierre. “Até um pacote de salsichas eu levo porque ele gosta muito”, diz.

Gustavo Rodrigues Amador encontrou os cuidados que a rotweiller Luna precisava na própria família. Nas festividades do fim do ano passado, o economista viajou e deixou a cachorra sob a tutela da tia. Algumas recomendações foram feitas para que não houvesse imprevisto.

Para entrar em casa, o economista sugeriu que a tia fizesse carinho em Luna. “Por se tratar de uma cadela de grande porte é preciso acostumá-la a outras pessoas.” Feito isso, não houve problemas. Amador colocou o saco de ração e todos os ingredientes para o preparo da refeição em um único lugar. Esse procedimento deve ser realizado, nesses casos, para que o responsável pelo cão não encontre dificuldades na tarefa diária de alimentar o animal. “Foi tudo bem. Quando retornamos, a Luna fez muita festa”, diz o dono da rotweiller.

Creche canina
No Cambuí, um pet shop passou a oferecer um serviço para os donos que não gostam de deixar o cachorro sozinho. Trata-se de uma creche canina onde o animal pode passar o dia em companhia de outros cães. Além disso, é possível contratar outros serviços, como natação, massagem ou adestramento.

A creche fornece a ração. Porém, diz o proprietário Bruno Pezzo, se o dono preferir, pode trazer a que o cachorro está acostumado. O atendimento é 24 horas e um veterinário fica responsável por passar a noite na loja.

A universitária Marcela Sampaio é uma usuária do serviço. Ela estuda em Jaboticabal e tem um dálmata de dez meses. Quando volta a Campinas, para o período de férias, costuma deixar Bóris na creche do Cambuí. “Como minha família mora em apartamento, é complicado ficar com ele sem um espaço adequado”, diz.

Aluna de veterinária, Marcela preza o carinho pelo animal e não deixa de visitá-lo todos os dias e levá-lo para passear pelas ruas do bairro. Na creche, Bóris fica na área de contato com outros cachorros e não estranha os companheiros.

Hóspede importante
A veterinária Sabrina Simeão de Souza faz algumas recomendações aos donos que pretendem deixar o animal em um hotel:

Se o cachorro não está acostumado a ficar sozinho desde filhote, não tente fazer isso na fase adulta do animal.

Ao deixar o cão em um hotel, não se esqueça de levar o pote de água, a ração e algum objeto com o cheiro do proprietário para que o animal se sinta em casa. Pode ser um lençol, uma camisa velha, um tapete ou um edredom antigo.

Mudanças causam problemas como dores e tristeza. Por isso, é importante saber quais são os cuidados oferecidos pelo hotel. Quem ficar responsável pelo animal, deve se aproximar do cachorro para que ele não se sinta só.

Rei do pedaço


  • Se a decisão do dono é por deixar o animal em sua própria casa, a atenção deve ser redobrada:
  • Deixe alguém incumbido de visitar diariamente o cachorro.
  • A rotina de passeios, horários de alimentação deve ser mantida na medida do possível.
  • Janelas e portas não devem ser deixadas abertas durante a ausência do dono.
  • A tampa do vaso sanitário precisa estar fechada, para evitar acidentes.
  • Fios elétricos devem estar inacessíveis ao animal.
  • Ração e água precisam ser renovadas diariamente.

Fonte: Rodrigo Maia

Revista Metrópole

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