sexta-feira, 11 de abril de 2008

MEU BICHO FUGIU. E AGORA???

Texto: Fowler Braga Filho


Recentemente, fiz um alerta para os perigos que os fogos de artifício trazem para os animais nas festas de final de ano. Entre eles, o perigo do animal fugir. Porém, isso não acontece só nessa época, mas o ano todo. Então, hoje, vou falar sobre fuga e prevenção. Como disse, os fogos são apenas um dos motivos. Um portão que não foi fechado corretamente, ou por distração, deixado aberto; um animal macho não castrado que foi atrás de uma fêmea no cio; uma coleira mal ajustada e por aí vai. Seja qual for o motivo, veja como ter seu bichinho de volta.


COMO RECUPERAR
1. Na hora que você perceber a fuga, não perca tempo em discutir de quem é a culpa ou o motivo. Quando mais rápido você agir, mais chances de encontrar o animal.

2. A primeira providência é olhar no entorno se o animal está nas proximidades. Se houver mais de uma pessoa na família, estabeleçam áreas distintas, assim ganharão um tempo precioso.

3. Pergunte para as pessoas que encontrar na rua se viram o animal. Procure o cão não apenas com os olhos mas, principalmente, usem a voz chamando-o pelo nome ou por aquele apelido carinhoso. A visão de alguns animais tem alcance restrito, mas, sua audição é muito desenvolvida. Há mais chances do animal ouvir o chamado e vir ao seu encontro.
4. Se nesta fase você não encontrar o animal, vai requerer maior trabalho. Espalhe cartazes com a foto dele (você pode fazer em casa mesmo com papel comum e impressora doméstica). Fixe em locais de grande fluxo de pessoas (padarias, supermercados, clínicas veterinárias, pet shops, etc.), e as características do animal.

5. Se o bichinho é portador de alguma doença crônica ou necessita de medicação específica, ressalte isso no cartaz. Descreva o local da fuga e, para sua segurança, não dê o endereço exato mas, por exemplo, diga que ocorreu entre as ruas X e Y e coloque um telefone celular para contato ou e-mail.

6. Faixas também costumam dar um bom resultado, mas, em São Paulo, com a lei "Cidade limpa", isso não é permitido em locais públicos, mas as faixas podem ser colocadas em residências.

7. Se existe um jornal local no seu bairro, faça um anúncio. Geralmente esses jornais têm um número grande de leitores e você aumentará as chances de encontrar seu animal.

8. Existem alguns sites onde você pode anunciar o incidente:
O http://www.renad.com.br/ oferece um serviço de registro com alerta de fuga bem interessante
9. Há entidades de proteção e defesa animal que organizam feiras de adoção. A maioria dos animais foram encontrados perdidos. Algumas instituições possuem fotos dos animais encontrados em seus sites. Entre em contatos com estas entidades através da Internet.
10. Não esqueça, principalmente, de ir até o Centro de Controle de Zoonoses pois o animal pode ter sido recolhido por um veículo de controle animal (a antiga carrocinha). Na maioria dos municípios onde existe este serviço, o animal terá 72 horas para ser resgatado pelo dono. Após este prazo, geralmente, é encaminhado para o sacrifício, em Centros de Controle de Zoonoses que não possuem o serviço de adoção.

11. É importante uma visita diária ao Centro de Controle de Zoonoses para tentar localizar seu animal. Deixe também no Plantão um dos cartazes que você preparou, mas não confie apenas nisso, faça a visita todos os dias.
12. E o mais importante: NÃO DESISTA! Mesmo que seu animal tenha buscado uma aventura, ele sente sua falta tanto quanto você dele. Para ele, você é a pessoa mais importante do mundo.

A seguir, como prevenir que seu animal desapareça
1. Primeiro e mais importante: castre seu animal, principalmente se for macho. A maioria dos machos fogem pelo instinto de correr atrás de uma fêmea no cio. Já vi vários casos tristes de atropelamento por conta disso.

2. Identifique corretamente seu animal. Coloque uma plaquetinha com o nome dele, o seu nome e um telefone de contato. O ideal é que ela fique presa à coleira com rebites.

3. Registre seu animal junto ao serviço de Controle de Zoonoses da cidade. Geralmente, eles fornecem uma plaqueta com o número de registro. Fixe-a na coleira do mesmo modo que fez com a outra.

4. Hoje está disponível também o microchip (não substitui os anteriores) e várias clínicas veterinárias já oferecem este serviço. O método de colocação é indolor para a maioria dos animais, rápido e muito eficiente. Hoje os leitores de microchip são universais e é um método de identificação praticamente infalível. O microchip é do tamanho de um grão de arroz e contem um código de registro que permite a identificação do animal em qualquer momento, pois o dados do animal e os seus, serão registrados no banco de dados do fabricante do microchip e da clínica que aplicar o microchip.

5. Há até um relato interessante no site da ANCLIVEPA de um animal que foi encontrado quatro anos depois da fuga, há 1600 km de sua casa original nos Estados Unidos. Ele foi identificado graças ao microchip.
6. Crie uma rotina para o fechamento de portas e portões. A maioria dos incidentes deste tipo ocorre porque não há uma rotina estabelecida e, principalmente, não repassada para profissionais de serviços (faxineiras, jardineiros, limpeza de piscinas, etc.). Evite maçanetas do tipo alavanca. Dê preferência pela de formato redondo que são mais difíceis do animal abrir com os dentes. Você com certeza já deve ter visto em programas ou filmes na internet a facilidade com que um animal abre uma porta com maçaneta tipo alavanca.
7. Portão ou muros baixos devem ser evitados. Muitos animais saltam com facilidade muros e portões. Se for o seu caso, invista no aumento deles para evitar uma fuga. Portões gradeados devem ser telados (ou usar uma parte com chapa inteiriça) na parte inferior para evitar a fuga através das grades.
8. As medidas de prevenção aqui citadas são a melhor maneira de evitar fugas. Mas se elas ocorrerem lembre-se de manter a calma e agir rapidamente. Seu cão vai precisar disto.

Fonte: Fowler Braga Filho: http://www.focinhosgelados.com.br/

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