quarta-feira, 30 de abril de 2008

Reprodução dos gatos

Quando as gatas entram no cio, mudam de comportamento. Os gatos, quando percebem que uma fêmea em período fértil está por perto, vão a sua caça. Conheça e aprenda a lidar com essa fase

Os gatos atingem a puberdade por volta dos sete meses de idade.

Os machos não entram no cio, mas captam o cheiro de fêmeas da vizinhança que estejam no período fértil e tentam fugir para acasalar. Eles podem passar até dias foragidos procurando por fêmeas e muitas vezes voltam magros e machucados.

As fêmeas entram no primeiro cio entre os sete e os doze meses de idade. Seu comportamento muda nessa fase: miam mais e com entonação diferente da normal, esfregam-se nas pessoas, no chão, nos móveis. Adotam postura corporal de aceitação do macho quando acariciadas (abaixando a cabeça e o tórax e levantando a parte traseira e a cauda). E, claro, se cruzarem com o macho certamente ficarão prenhas.


As gatas só ovulam quando cruzam - o que as difere das outras espécies animais - e, com isso, repetem o comportamento do cio até quatro vezes com intervalos de dez a quinze dias. Se não ocorrer a cobertura, repetirão o cio após mais ou menos quatro meses.

A gestação das gatas dura de 58 a 65 dias. Ocorrendo parto normal, elas próprias tomam todas as providências quanto aos cuidados com os filhotes.

Desde a limpeza até a alimentação dos bebês. Podem nascer de um a oito filhotes, mas, geralmente, nascem de quatro a seis.

O desmame começa quatro semanas após o parto e está completo por volta dos quarenta e cinco dias, quando os filhotes estão aptos a viver sem a mãe.

O próximo cio costuma ocorrer entre trinta e sessenta dias após o parto. Assim, é comum que ao desmamar uma ninhada, a gata já esteja prenha novamente.

Algumas fêmeas sofrem de gravidez psicológica (pseudociese) e podem aninhar-se como se tivessem parido, adotar objetos como se fossem filhotes e produzir leite. Esse comportamento, ao contrário do que muitos pensam, não é patológico e sim uma herança dos ancestrais de vida selvagem. Quando se torna muito incômodo, pode requerer a intervenção do veterinário.

É um mito que o câncer de mama não é conseqüência da pseudociese ou do fato da fêmea nunca ter cruzado, mesmo se não for castrada.

Caso opte por castrar, pergunte ao veterinário tudo o que você precisa sabe sobre a cirurgia. É uma opção adotada pela maioria dos criadores amadores de animais, pois inibe a população de animais sem raça definida que acabam, muitas vezes, abandonados e sendo mal tratados nas ruas.


Fonte:
Dra. Elizabeth Estevão, veterinária e professora da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS)
- (11) 5085-3141

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