Qualquer mudança de ambiente é estressante para os animais, afinal, ele se afasta da mãe, dos irmãos, dos antigos donos e da casa onde vivia. Os cães estranham menos do que os gatos. Costumam chorar quando se sentem sozinhos. Mas acostumam rápido.
No caso dos felinos, é normal que se escondam nos primeiros dias (embaixo de móveis, por exemplo). Porém, por mais que esteja assustado, ele precisa comer. Fique atenta a esse detalhe. Caso seu bichinho não esteja se alimentando, fale com o veterinário.
Ficar escondido nos primeiros dias é comum. Não estranhe, nem pense que o gatinho não gosta de você. Aos poucos, ele sairá do esconderijo e vai pesquisar a casa e pegar confiança no novo ambiente. Confira as dicas da veterinária Elizabeth Estevão sobre como proceder na hora de levar um animal para casa:
- Procure levar seu bichinho para casa durante o dia. À noite, quando a casa ficar em silêncio, o filhote sentirá ainda mais a falta da mãe, dos irmãozinhos e do ambiente de origem. E vai chorar muito.
- Peça ao antigo dono um pedaço de pano (cobertor, lençol, toalha) que forrava seu ninho. O cheiro familiar acalma.
- Coloque um relógio, daqueles que fazem tic-tac, próximo à caminha do filhote. O ruído monótono imita o batimento cardíaco da mãe e tranqüiliza o bebê. Um rádio - ou outro aparelho sonoro - tocando música suave em baixo volume também serve, inclusive para os períodos do dia em que o animal ficar sozinho.
- Informe-se sobre o alimento que ele estava acostumado antes de ir para a sua casa. Mantenha essa dieta por alguns dias. Todas as mudanças devem ser gradativas. Fique atento à reação do filhote à nova alimentação.
- Ofereça o alimento em local e hora tranqüilos. De preferência deixe-o comer um pouco na palma de sua mão, enquanto conversa baixinho e carinhosamente com ele. Isso facilita a adaptação e estimula a afeição do bicho pelo dono.
- Informe-se sobre as características da raça, dos pais e outros familiares do animal. Esses detalhes são valiosos para o veterinário no caso de um problema de saúde.
- Leve o bichinho ao veterinário para avaliação do seu estado de saúde, vermifugação e vacinas. Esclareça com o profissional todas as suas dúvidas.
- Promova a socialização do animal. Depois de adulto é mais difícil que ele se adapte outras a pessoas ou mesmo outros bichos.
- Evite levá-lo a passeios pelas calçadas e locais públicos antes de ter certeza que sua imunidade esteja desenvolvida. Converse com o veterinário a respeito.
- Conheça e respeite o temperamento, os limites e as necessidades do animal. Não os obrigue a nada.
- Dê opções para que o animal brinque e se desenvolva saudavelmente. Brinquedos devem ser de material, textura e tamanho condizentes com sua espécie, idade e tamanho. Não devem ter apitos ou partes que podem ser engolidas. Lembre-se que, como qualquer bebê, ele não sabe discernir tóxico de atóxico.
- Ensine as regras e normas de forma gradual, suave e firmemente ao mesmo tempo. As reprimendas devem ser feitas em voz firme, mas delicadamente. Castigos físicos devem ser evitados, para não criar um companheiro medroso e agressivo.
- Fique atento para quaisquer alterações de apetite, ânimo, aspecto de fezes, urina, presença de tosse, secreções e vômitos.
- Tenha um veterinário de confiança para tirar dúvidas, mesmo que por telefone. Não espere muito para consultar um profissional.
Consultoria:
Dra. Elizabeth Estevão, veterinária e professora da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS)
(11) 5085-3141
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