
Há várias justificativas para que a adoção não ocorra, mas como regra geral, é porque as pessoas não querem os animais de abrigo. Preferem o cão de um pet shop, filhotinho, ou aquele adquirido nas feiras de fihotes.
Aos animais de abrigo, resta o convívio em espaços exíguos, da alimentação nem sempre na quantidade e qualidade adequada, na ausência de exercícios e, na opinião deste colunista, o pior de tudo: a ausência da convivência com humanos.
Com o passar dos anos, com a melhoria das condições de alimentação e avanço da veterinária, os animais passaram a viver mais. Em abrigos com superlotação, a disseminação de doenças infecciosas é um risco constante e, os responsáveis por eles estão sempre atentos ao menor sinal, pois o estrago pode ser grande e, para controlá-lo, mais medicamentos deverão ser utilizados. E com ele o custo operacional sobe.
Abrigos existem porque há dois lados "culpados" neste fato. Há as pessoas que abandonam animais como se descartáveis fossem, e porque há pessoas que, mesmo sem condições físicas e financeiras para abrigar animais, continuam a fazê-lo.
Pessoas mais sensíveis à questão dos animais abandonados acreditam que retirá-los das ruas e encaminhar para um abrigo é uma solução. Não é.
Protetores independentes que fazem um trabalho sério, e muitas vezes solitários, percorrem um caminho que qualquer um pode percorrer. Recolher o animal em risco, tratar, sanar, vermifugar, castrar e achar um lar que o adote em definitivo.
Muitas pessoas também acreditam que abrigos recebem alguma subvenção da prefeitura ou do estado, para sua manutenção. Ledo engano! Aliás este é o maior trabalho dos abrigos, conseguir quem apóie financeiramente o seu trabalho. Há também pessoas que preferem ajudar financeiramente do que se envolver com o problema, pois não possuem estrutura emocional para tal. E muitas vezes os poucos de má fé se aproveitam destas pessoas.
Procure sempre conhecer o local que se pretende ajudar. Há muita gente séria, comprometida e idônea precisando de colaboração financeira.
Como mudar este conceito?
Com o tempo, com educação, com o conhecimento da real situação e mudanças comportamentais da sociedade. Reconhecer que cães e gatos são seres sensíveis, que sentem dor, fome, medo e pânico tal e qual nós, ditos seres racionais. Fonte: Fowler Braga é engenheiro, fundador da Ong Focinhos Gelados e, principalmente, o melhor amigo do cão. Fale com ele através do e-mail: focinhosgelados@focinhosgelados.com.br
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