Vírus da imunodeficiência felina
O vírus da imunodeficiência felina é conhecido pela sigla VIF e também popularmente chamado de AIDS felina, que nada tem a ver com o HIV (humano).
As espécies mais acometidas incluem o gato doméstico, o leão, tigre, onça pintada, leopardo e lince.
As espécies mais acometidas incluem o gato doméstico, o leão, tigre, onça pintada, leopardo e lince.
Geralmente, aonde temos uma população felina grande como gatis e abrigos de animais.
Afeta os gatos de estimação que saem para passear e principalmente os gatos de rua; outra população muito afetada são os gatos que vivem só em ambiente doméstico, mas com muitos gatos e que freqüentemente o proprietário introduz um gatinho novo neste ambiente.
A VIF afeta gatos mundialmente e de todas as idades (dois meses a 18 anos), mas observamos que a incidência aumenta com a idade e nos machos (na proporção de três machos para 1 fêmea contaminada).
A transmissão se dá através da saliva, geralmente por ferimentos de mordedura (ocorrida em brigas pelo território, por isso é mais comum nos machos) e através de transfusão sangüínea contaminada. Devido ao fato de ser uma doença de curso lento, muitas vezes o gato só apresenta sintomas 5 a 6 anos após a contaminação pelo vírus.
Os gatos apresentam febre transitória, alterações sangüíneas e complicações ocasionais como infecções em cavidade oral (estomatite, gengivite); em vias respiratórias (rinite, conjuntivite, pneumonia); em trato intestinal (diarréia aguda ou crônica); de pele (dermatite de pústulas); otites (infecção dos ouvidos); abscessos e problemas de trato urinário (cistite).
A grande maioria dos gatos doentes com VIF apresenta lesões na cavidade oral ou ao redor da face e orelhas. Além de apresentarem também outras infecções oportunistas como por fungos, sarnas, alterações de comportamento (movimentos compulsivos, lambedura, tremores faciais, convulsões).Notamos também que os gatos infectados pelo VIF apresentam uma incidência mais alta de tumores diversos.
O diagnóstico é feito através da presença de sintomas, no exame clínico feito pelo médico veterinário, histórico do animal (meio em que vive, contato com outros gatos) e principalmente através da sorologia (exame de sangue especifico, onde encontramos os anticorpos).
Mesmo que o VIF seja incurável, muitos gatos que não apresentam sintomas podem viver por anos antes de apresentá-los. Nos que apresentam sintomas, faz-se então tratamento suporte com antibióticos (para cada tipo de infecção que for surgindo); hidrata-se o animal e o mantêm bem alimentado para assim ter mais força contra o vírus.
Deve-se orientar o proprietário para a castração, assim o gato infectado diminui muito a vida livre, evitando brigas e a disseminação do vírus, pois ainda não há vacina contra o vírus da imunodeficiência felina.
Dra. Valéria de Oliveira Corvello
Saúde Animal
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