Antes de colocar seu cachorro pra fora de casa no primeiro espirro, lembre-se que existem incontáveis causas para a alergia.
Leia as dicas de Fowler Braga e avalie se o culpado é seu bichinho
A criança começa a espirrar com certa freqüência e com a ida ao pediatra. E lá vem a pergunta: "Tem animal em casa?"
Esta cena, a partir daí, pode ter várias seqüências. Entre elas, aquela que já nos acostumamos: "Vocês vão ter que se desfazer do animal".
Alto lá! Por quê?
Há vários motivos para uma rinite alérgica mas, de modo geral, os alergistas sempre colocam como suspeito número um o animal de pêlo. É verdade que muitas pessoas têm alergia dos pêlos do cão ou gato, mas também é verdade que muita gente, depois de se desfazerem do animal, permaneceram com o quadro alérgico e espirros. Culpa do preconceito e de diagnósticos apressados.
Entre estes casos, não posso deixar de comentar o caso da Lara, filha da Patricia Oliveira, do Rio de Janeiro. Desde que nasceu (há quase 6 anos), Lara divide seu espaço com Nina e Monah. A primeira, uma vira-latas resgatada de um buraco com sua cria junto ao Canecão. A outra, Monah, uma poodle. Este ano, Lara apresentou um quadro alérgico.
Como é normal, o alergista pediu exames e o resultado foi bombástico: menos de 35 U.I. ou seja, indetectável ao teste de epitélio do cão. Mas e os espirros então?
Muitas são as razões para uma alergia e a maior parte delas, fora de controle dos pais: ácaros, mudanças bruscas de temperatura, partículas de pó, fungos, pó de giz na escola, desinfetantes utilizados na casa, estão como principais. Os próprios alergistas concordam que ácaros formam um capítulo à parte e ainda com mais dúvidas do que certezas. E eles podem estar naquele bichinho de pelúcia que a criança adora e que raramente é lavado da forma correta.
A melhor atitude é bem simples em casas de alérgicos que possuem animais: limpeza diária do ambiente, com uso racional de desinfetantes e similares, e escovação diária nos animais. Se forem de pelo longo, até duas vezes por dia é aconselhado. Desta maneira, você evita que os pêlos fiquem no ambiente alimentando mais ácaros.
Outro aspecto importante é o emocional. Principamente com crianças que crescem junto com os animais. O elo emocional, ou vínculo, é muito forte para ser quebrado. Temos conhecimento de casos em que foi detectado por exames que a criança tinha alergia a pêlos de animais e, após a separação, houve piora no quadro alérgico em função do aspecto emocional pelo rompimento do convívio. Casos como estes tem que ser tratados de maneira especial, e o convívio deve ser tentado com atitudes próprias como controle de acesso da criança ao animal e cuidados redobrados com pêlos.
Também não podemos negar que há casos em que é impossível este convívio, e o animal tem que ser retirado do ambiente. E isto tem que ser feito de maneira responsável pois estamos falando de vida, não de objetos. Há que se ter tempo em procurar uma adoção responsável deste animal, com todos os cuidados pertinentes: castração, vacinação em dia e termo de responsabilidade para o adotante.Nossa intenção com esta coluna é de apenas alertar que não se pode imputar, em primeira instância, a causa da alergia aos animais. Faça testes retirando o animal do ambiente por uns dias e observe se a pessoa alérgica terá melhora ou não, independente dos resultados laboratoriais.
E insista na permanência do animal, por exemplo, controlando a convivência da pessoa com os animais. Não impedir, e sim controlar. A culpa não é de ninguém e ambas espécies precisam desta convivência. Reduza o tempo que eles passam juntos, pois ambos precisam manter o vínculo.
Reconsidere os produtos que estão sendo utilizados, não apenas para a higiene da casa, mas também, os de uso pessoal. Na limpeza, dê preferência ao quaternário de amônia. É quase inodoro e é um eficiente produto sanitário. É muito usado em clínicas veterinárias (mesmo em salas de cirurgia) e em pet shops.Para uso humano, há cosméticos hipoalergênicos fabricados com matérias primas naturais (vegetais) e ecologicamente corretos. Não agridem o ambiente e muitos além de não utilizar produtos de origem animal, também não são testadas em bichos.Os nossos amigos de quatro patas agradecem...
Fonte: Fowler Braga Filho, membro da Organização Focinhos Gelados: http://www.focinhosgelados.com.br/.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Atchiiiiim !!!! Alergia "animal"
Postado por
J.Lage
às
11:11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário