sábado, 12 de abril de 2008

Estudo revela que ratos têm capacidade de pensar como humanos

Animais conseguiram usar experiência para abstrair regras gerais e conseguir comida.

Resultados sugerem que inícios de pensamento abstrato aparecem em animais.

Ratos também têm a capacidade de aprender novas regras e aplicá-las em diferentes situações, uma habilidade considerada, até então, uma prerrogativa da mente humana, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana.

E os roedores podem ir além: em artigo publicado numa revista científica britânico, pesquisadores do University College de Londres e da Universidade de Oxford afirmaram que os ratos também possuem a capacidade do pensamento abstrato.

Os cientistas fizeram três testes, expondo os roedores a desafios visuais e auditivos, e combinaram os experimentos com comida -- oferecida no final como recompensa.

Durante o primeiro teste, os ratos foram condicionados a terem uma reação de defesa, com o estímulo da luz e da escuridão, seguindo a lógica ABA, AAB ou BAA, 'A' representando a luz e 'B' a escuridão. O primeiro grupo de ratos sempre recebeu comida com a seqüência ABA, o segundo foi recompensado com a AAB, e o terceiro com a série BAA.

Os ratos foram também testados com todas as seqüências, mas desta vez sem receberem comida no final. A experiência foi repetida e, depois de alguns dias, foram capazes de distinguir as séries e associaram qual era a lógica para receber a comida no final.

Abstrações

Na segunda experiência, os pesquisadores treinaram as cobaias a esperarem por comida usando sinais auditivos que seguiam a seqüência ABA. Depois, alteraram o sinal ao mudar a freqüência dos tons, mas mantiveram a mesma seqüência. Mesmo com sinais desconhecidos, os ratos aparentaram esperar por comida quando ouviam tons baixos e altos seguidos da série ABA, devido à rápida maneira como os roedores iam checar seus comedouros.

Isso mostrou que os animais aparentemente distinguiram as seqüências que ouviam de acordo com o que haviam aprendido anteriormente. "Baseados nas seqüências, eles sabiam quando receberiam a comida", disse Robin Murphy, professor de psicologia do University College e um dos autores da pesquisa. "As experiências mostram como os ratos conseguem abstrair informações complexas."

Os pesquisadores repetiram o último teste com os sinais visuais, mas desta vez sem oferecer a comida. Os ratos, ainda assim, tiveram a mesma reação e responderam à seqüência que eles haviam anteriormente associado à comida.

G1

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